sexta-feira, maio 29, 2009

Pavor.


Medo de barata, medo de avião.
Medo de homem-bomba, medo de furacão.
Medo de dormir e não acordar.
Medo de assalto, medo de tropeçar.
Medo dos outros, medo de gente.
Medo de esperar, medo de atrasar.
Medo. Medo. Medo.

O medo cala, assola, machuca.
O medo enlouquece, aterroriza.

Medo, do próprio medo.

O medo torna o improvável em algo certo.
O quase impossível,
na coisa mais fácil de acontecer.
O medo transforma o normal,
em inédito e o habitual,
em pesaroso.

Hoje, um medo me prende.
Esta espera nunca foi tão longa.
Eu estou c o m p l e t a m e n t e
amedrontada.

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