Saudade é,

basicamente não saber!
Não saber se ele continua sem fazer a barba porque dá trabalho. Não saber se ele ainda usa aquele casaco. Não saber se ela foi ao médico como prometeu, se tem assistido às aulas. Se aprendeu a estacionar entre dois carros. Se ele continua a sorrir com aqueles olhinhos apertados. Se ela continua a cantar daquele jeitinho encantador. Se continua a dormir tarde. Se ela continua a chorar quando vê televisão deitada. Se ele continua abraçando tão bem. Se continua gostando de massas, se ele continua amando, se continua a chorar até nas comédias.
Saudade é não saber mesmo!
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compriiiidos;
Não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento...
Não saber como frear as lágrimas diante de uma música; não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche...
É não saber como o outro está, mas ao mesmo tempo não parar de se perguntar isso...
É querer saber se parou de chorar, se ainda sente cócegas...
Não saber se cortou o cabelo, o que anda fazendo à tarde...
Saudade é não saber mesmo!


Encontrei esse texto num blog, sei que o original é do Miguel Falabela, é continuação daquele texto que foi tema da minha prova de Narração: Perseguição...
Mas acho que a pessoa mudou, porque o original é diferente, eu prefiro esse! =)